
Não te fies do tempo nem da eternidade
Que as nuvens me puxam pelos vestidos,
Que os ventos me arrastam contra o meu desejo!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
Que amanhã morro e não te vejo!
Não demores tão longe, em lugar tão secreto,
Nácar de silêncio que o mar comprime,
Ó lábio, limite do instante absoluto!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
Que amanhã eu morro e não te escuto!
Aparece-me agora, que ainda reconheço
A anêmona aberta na tua face
E em redor dos muros o vento inimigo…
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
Que amanhã morro e não te digo…
Cecília Meirelles
Que as nuvens me puxam pelos vestidos,
Que os ventos me arrastam contra o meu desejo!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
Que amanhã morro e não te vejo!
Não demores tão longe, em lugar tão secreto,
Nácar de silêncio que o mar comprime,
Ó lábio, limite do instante absoluto!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
Que amanhã eu morro e não te escuto!
Aparece-me agora, que ainda reconheço
A anêmona aberta na tua face
E em redor dos muros o vento inimigo…
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
Que amanhã morro e não te digo…
Cecília Meirelles