
Minha morada tem janelas
Por onde entram imagens
Invertidas e pervertidas,
Cujas vidraças e vitrais,
Presos às esquadrias de minhas seguranças,
Ocupam-se em traduzi-las
E transformá-las em imagens doces.
São imagens de minha liberdade
E de minha demência
Que minhas paredes impermeáveis
Impedem-me de tocar
Aprisionando-me em meus tantos temores.
Mas cuido para que minhas janelas,
Seus parapeitos e paralelos,
Estejam sempre perfumados e enfeitados
Com pétalas e parapétalas
De florestas encharcadas de cores.
E que seus vidros e olvidos
Estejam sempre aquecidos
Com luzes encantadas e lustrais
E com uma luz azul sem fim
Capaz de produzir universos
Inventar canções eternas,
E desenhar um céu cheio de horizontes.
Porque é por elas que um dia,
Arrebentando todas minhas resistências,
Fugirei, voando, para bem longe de mim.
5 comentários:
Linda poesia, bela escolha minha amiga...
Bjs de boa noite!
Mila Lopes
Linda poesia mesmo... Fiquei imaginando quais são as imagens de minha liberdade...
Beijos!
Michelle
Linda poesia e fiquei a pensar, até viajei...
Beijos!
Boa noite, Sél!!!
Meu coração não consegue ficar longe do teu!
Vim desejar um domingo maravilhoso!!!
Sônia Silvino's Blogs
Vários temas & um só coração!
"Os bons e os maus resultados dos nossos ditos e obras vão-se distribuindo, supõe-se que de uma maneira bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, incluindo aqueles, infindáveis, em que já cá não estaremos para poder comprová-lo, para congratularmo-nos ou para pedir perdão, aliás, há quem diga que é isto a imortalidade de que tanto se fala." José Saramago
Também gosto muito de Begiato... e a chuva de coraçõezinhos tá linda!!!
Beijinho e boa semana!
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