
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água.
Pra me contar histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
Lá sou amigo do rei
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Manuel Bandeira
9 comentários:
Querida amiga.
Depois de alguns dias de distância
estamos voltando ao convívio dos
amigos que aprendemos a gostar.
Obrigado pela amizade
e pelas palavras
que tornam a nossa vida
mais bonita.
Sua amizade é preciosa para mim.
Será que palavras escritas também conseguem beijar?
Visite-me!
Um grande abraço!
Bom retorno Aluisio,
Volte com muita luz e novidades rsrs
Obrigado por ter vindo até aqui, querido
beijos.
Ah sim Machado,
Uma bela poesia é um beijo em forma de palavras.^^
Bjs.
Olha só! Você é de Touro? Alguma coisa temos em comum; somos de Touro! Rs.
Pois é o mais importante é que somos amigos do Rei!
Agradeço-lhe profundamente pela mensagem deixada. Recebi suas belas palavras de coração.
Fique a vontade, tudo o que escrevo é para nós mesmos. Pode copiar o que você quiser, que ficarei sempre muito feliz!
Deixo também os meus singelos beijos!...
Belo poema! E qual o caminho para Pasárgada?
Vou comprar mum GPS...
Bjs.
Vivo bem perto de Pasárgada.
Ansioso fico à espera das duas: Sél e Baby
Não esqueçam a burka ou pelo menos o véu
Ansioso vos espero em Persépolis que fica a um pulinho de Pasárgada
Depois de muitas lutas, serei o rei destas duas princesas
E aviso como aviso todos os forasteiros:
Ó forasteiro, quem quer que sejas, de onde quer que venhas, porque sei que virás, sou Ciro, que fundou o Império dos Persas
Não tenha rancor de mim por causa dessa pequena terra que cobre meu corpo.
Uma honra que tenhas feito uma pausa em suas andanças, Cavaleiro Andante, para comentar aqui em meu blog.
Agradeço o convite para Persépolis; e faço o meu: para que passe por aqui novamente.^^
Abraços
Belo poema!
Grata pelos selos.
Link vc la no meu blog e publiquei meus selinhos.
Bom fim de semana!
Beijos
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