Quando...
Na tarde ociosa, teu sorriso fútil
Inverte os olhos, que dizes tão teus...
Eu pelo menos pudesse ter,
À memória, o recurso de
Qualquer memória
Em mim corpórea
De um afago teu,
Seria sagrado: Eu deixaria de ser ateu.
Se em mim tocasses
Leve, muito de leve,
Talvez no espaço
Por instante breve
Nova estrela fosse nascer,
No universo etéreo.
E sem mistério, eu conseguisse
Te amar ainda mais.
Jeanete Ruaro
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