Não quero panteons não quero mármores
Não sonho a eternidade fria, escura...
Minha glória ideal é o quente abrigo
De uma pequena cesta de costura.
À sombra dos terraços florescentes
Entorna a violeta a essência pura:
Flores d'alma recendem mais fragrância
Numa pequena cesta de costura.
Batida pelos corvos da procela,
A pomba a era tímida procura:
Pousa minh’alma foragida as asas
Nesta pequena cesta de costura.
Astros que amais a espuma das cascatas!...
Orvalhos que adorais do lírio a alvura!
Dizei se há menos lânguidos arminhos
Nesta pequena cesta de costura.
Nesse ninho de fitas e de rendas...
No perfume sutil da formosura...
Vão meus versos viver de aroma e risos
Entre as flores da cesta de costura.
E quando descuidada mergulhares
Esta mão pequenina, santa e pura,
Possam eles beijar teus níveos dedos
Escondidos na cesta de costura.
Castro Alves
5 comentários:
Maravilhosa poesia e apresentação por aqui!beijos,chica e linda semana!
Uma linda poesia de Castro alves, que muito me orgulha de ler.
bjos e boa semana.
Castro Alves com suas palavras fantásticas e vc com toda a sensibilidade de postar! parabéns bjs Cláudia
http://claudiaroma.blogspot.com
Lindo e casto este poema de Castro Alves!
Foi uma delicada escolha.
Beijos.
Me sinto em casa aqui. Será o lilás? rsrsrs
Beijos queriiiiida do meu coração!
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