De que vale essa liberdade doída
Se minhas asas estão atrofiadas?
Que adianta a porta da gaiola aberta
Se o é céu cinza
E a tempestade pesa o vôo?
Quede o verão?
Quede meu canto?
Roubaram-me o sol
Queimaram as partituras
Calaram a melodia
Conforta-me a certeza
De que após o inverno
Virá nova primavera
Nascerão todos os sóis
Haverão outras sinfonias
Voar se fará possível
No céu, nos ventos, nos dias
Célia Sena
Um comentário:
Oi, Selma
que bela poesia essa da Célia Sena.
Abraço
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