
Não fosse a vida um fardo,
não fosse a dor um caldo amargo,
não fosse o desespero um último trago...
Teu nome foi aprendiz.
Tinhas a alma por um triz,
pedaços que colei,
cascalhos de esmeraldas que juntei.
Vi verdade onde havia vaidade.
Vi a cor verde em sede
brilhando no azul da minha parede.
Vi através do que deixastes entrever...
Olhei com meus olhos sem fel
e vi você, sempre vi mel...
Sempre soube você,
em todos os seus versos,
em todas as promessas.
Perverso, complexo,
adverso, convexo,
como um canto de cor
ecoado nesse sem nexo.
Como o suspiro do fim do sexo.
Ah! Poeta...
A mágoa é funda.
A dor é crua e surda.
E não me chames de desembestada.
Na verdade, se não for para dizer sim,
não diga nada.
Deixa que me cure, quieta, calada.
Deixa que ardo, sozinha
e por ti e por mim.
Deixa largado...
Matilda Penna
não fosse a dor um caldo amargo,
não fosse o desespero um último trago...
Teu nome foi aprendiz.
Tinhas a alma por um triz,
pedaços que colei,
cascalhos de esmeraldas que juntei.
Vi verdade onde havia vaidade.
Vi a cor verde em sede
brilhando no azul da minha parede.
Vi através do que deixastes entrever...
Olhei com meus olhos sem fel
e vi você, sempre vi mel...
Sempre soube você,
em todos os seus versos,
em todas as promessas.
Perverso, complexo,
adverso, convexo,
como um canto de cor
ecoado nesse sem nexo.
Como o suspiro do fim do sexo.
Ah! Poeta...
A mágoa é funda.
A dor é crua e surda.
E não me chames de desembestada.
Na verdade, se não for para dizer sim,
não diga nada.
Deixa que me cure, quieta, calada.
Deixa que ardo, sozinha
e por ti e por mim.
Deixa largado...
Matilda Penna
Um comentário:
Muito bom passar por aqui e ainda por cima encontrar uma postagem tão especial...bjs
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