
Uma casinha branca ao pé da serra.
Onde o poente enegrece mais cedo.
Um sabiá cantando no arvoredo
E um bezerrinho que distante berra.
E quando o dia a pálpebra descerra
E a lua vem bater nos lajedos
Possa eu sentir pelas pontas dos dedos
Toda energia que emana da terra.
Num canto assim quero findar meus dias.
Tirar da terra meu próprio sustento
E meio às manhãs de alvoradas frias
Pelo interior deste simples abrigo.
Bem mais que a neblina que me carrega o vento
Eu tenha quem amo lá dentro comigo.
Jenário de Fátima
Nenhum comentário:
Postar um comentário