domingo, 12 de dezembro de 2010

CONFUSÃO



Alma estranha esta que abrigo,
Esta que o Acaso me deu,
Tem tantas almas consigo
Que eu nem sei bem quem sou eu.

Jamais na Vida consigo
Ter de mim o que é só meu;
Para supremo castigo,
Eu sou meu próprio Proteu.

De instante a instante, a me olhar,
Sinto, num pesar profundo,
A alma a mudar... a mudar...

Parece que estão, assim,
Todas as almas do Mundo,
Lutando dentro de mim...


Raul de Leoni

Um comentário:

Lara Vic. disse...

lindo, profundo. *-*
eu sei que meus comentários não são mto grandes, mas eu não consigo expressar como estou achando lindos os os poemas aqui. Você tem MUITO bom gosto, e seu blog é P-E-R-F-E-C-T
bjs
:*