terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A FESTA DA NATUREZA


Chegando o tempo do inverno,
Tudo é amoroso e terno,
Sentindo o Pai Eterno
Sua bondade sem fim.
O nosso sertão amado,
Estrumicado e pelado,
Fica logo transformado
No mais bonito jardim.

Neste quadro de beleza
A gente vê com certeza
Que a musga da natureza
Tem riqueza de incantá.
Do campo até na floresta
As ave se manifesta
Compondo a sagrada orquesta
Desta festa naturá.

Tudo é paz, tudo é carinho,
Na construção de seus ninho,
Canta alegre os passarinho
As mais sonora canção.
E o camponês prazentero
Vai prantá fejão ligero,
Pois é o que vinga premero
Nas terras do meu sertão. 


Patativa do Assaré

DOCE POESIA


A poesia chega assim...
De pés descalço
E...
Docemente
Passa pelos jardins desertos
liberta o grito aprisionado,
a dor emudecida,
a alegria contida...

A poesia é livre!

Restaura os poços secos da alma
Inunda-os de flores
E, sob uma sinfonia de pássaros,
traz de volta o arco-íris.


Arnalda Rabelo

Abraço o mundo com olhos
de sentir e de tocar
enquanto as mãos
ficam livres para o fazer
e para o distribuir.

Vejo a vida com braços
de acolher e de libertar
enquanto os pésseguem trilhas
de perder e de encontrar.

E assim,
abraçando tudo que vejo,
posso sentir tudo que faço,
acolher tudo que encontro
e libertar tudo que perco.
 

Gracinda Medeiros