segunda-feira, 23 de abril de 2012

PRANTO


Ah...chorar, as vezes choro.
Por tanto, por nada,
por viver, sei lá.

Mas é um pranto que escuto
sei o que me diz,
como a narração de um drama.

Como a visão de um mundo novo,
como viajar na música
no filme da vida inteira.

Aprendi a chorar com as crianças
que lamentam a dor,
mas trocam o sofrimento por um brinquedo.

Chorar é dizer...sinto, vivo, vejo, viajo
ouço a dor do mundo,
escuto os sinos do paraíso.

Demorei muito para entender
a beleza do pranto,
correr para os braços da mãe,
chorar de amor.

Hoje, não há encantamento
que me faça privar minhas lágrimas
de sorrir comigo.


Danniel Valente

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