terça-feira, 2 de outubro de 2012


Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu
nem houve estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
para que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha mãe.

Sebastião da Gama

2 comentários:

Patrícia Pinna disse...

Boa tarde, Sél. Que linda poesia você escolheu do Sebastião, que não conheço, mas vi um talento muito grande.
Esse tipo de amor entre mãe e filho, é o mais sagrado, eterno, que resite a tudo.
Beijos na alma e fique na paz!

Sél disse...

Concordo com sua definição de amor maternal, Patrícia.
Certamente você experimenta esse amor incondicional; deve ser mamãe, como eu ^__^
O autor foi feliz, a poesia ficou muito delicada.
Obrigado pelo comentário e visita.
Abraços