domingo, 20 de fevereiro de 2011

LIBERDADE CONDICIONAL



De que vale essa liberdade doída

Se minhas asas estão atrofiadas?

Que adianta a porta da gaiola aberta

Se o é céu cinza

E a tempestade pesa o vôo?


Quede o verão?

Quede meu canto?


Roubaram-me o sol

Queimaram as partituras

Calaram a melodia


Conforta-me a certeza

De que após o inverno

Virá nova primavera


Nascerão todos os sóis

Haverão outras sinfonias

Voar se fará possível

No céu, nos ventos, nos dias


Célia Sena

Um comentário:

Silvia disse...

Oi, Selma
que bela poesia essa da Célia Sena.
Abraço