quinta-feira, 17 de novembro de 2011

SEM SOLUÇÃO


Como não pude aprender algo
para chegar a ser alguém,
eu me dedico a bancar o escritor
para matar tempo.

Distração de loucos,
ofício de famintos,
disseram-me uma vez.

Outros correm,
invertem o dia
fazendo dinheiro.

Eu faço poesia.

Para que serve poesia?

Sabe-se lá.


Humberto Ak'abal

Nenhum comentário: