quarta-feira, 26 de maio de 2010

URGÊNCIA DE VIVER


Gostaria de aquietar-me um pouco...
Contemplar, refletir, extrair
de mim o melhor ou o pior;
da vida o que ela oferece;
do outro suas possibilidades.
Às vezes, falta-me tempo:
a vida corre para acabar
- sina urbana.
Na urgência de viver
anestesio olhos e ouvidos,
os que alimentam minh’alma!
Com a boca cheia,
a alma vazia
vaga...
ou melhor, corre.
Esquece-se de si, da vida, do outro...
necessita sofregamente
chegar a lugar algum.

Lou Vilela

2 comentários:

Emilene Lopes disse...

Existe um momento em que as janelas da nossa alma tem que serem fechadas, para que nada venha poluí-la.
Linda escolha Sél!
Bjs
Mila

Oswaldo Antônio Begiato disse...

Selma,

Um prazer imenso receber sua visita, e prazer maior ainda é, através dela, vir até aqui nesse teu espaço encantador.
Parabéns por esse trabalho tão delicado e dedicado.
A poesia precisa de pessoas como você para sobreviver.
Abraços.w